Novo golpe do WhatsApp clonado rouba senha da verificação em duas etapas

Um novo golpe do WhatsApp clonado foi descoberto por pesquisadores da Kaspersky na quinta-feira (13). Segundo a empresa de cibersegurança, os golpistas utilizam artimanhas de engenharia social para enganar as vítimas e burlar a dupla autenticação do WhatsApp. O sistema tem duas etapas e, na segunda, os criminosos utilizam o suporte do próprio mensageiro para passar mais credibilidade à fraude.

O golpe do WhatsApp clonado vem sendo praticado por criminosos há pouco mais de dois anos. Simulando o contato de lojas ou de sites de anúncios, os golpistas tentam roubar a conta do mensageiro solicitando um "código de verificação" do WhatsApp, que é enviado via SMS para o usuário. Com esses dígitos em mãos, os criminosos ativam a conta em outro telefone e mandam mensagens para familiares e amigos da vítima, solicitando dinheiro ou resgate do WhatsApp roubado. Para proteger o mensageiro, a principal solução é ativar a autenticação de dois fatores no app.

No entanto, esse golpe evoluiu e agora os criminosos conseguem burlar a dupla autenticação do mensageiro. Como identificado pela Kaspersky, o primeiro passo dessa artimanha continua bastante parecido: os criminosos entram em contato com a vítima alegando ser do Ministério da Saúde e perguntam se podem realizar uma pesquisa sobre a Covid-19. Em seguida, eles solicitam que a vítima informe o código de verificação enviado para o celular, dizendo que o passo seria necessário para completar a falsa pesquisa.


A "novidade" no golpe vem nesta segunda parte, que ataca a autenticação em dois fatores. Depois de conseguir o código de verificação, os criminosos finalizam a suposta pesquisa e ligam novamente para a vítima, fingindo ser do suporte do WhatsApp. Eles dizem que identificaram atividades suspeitas na conta e enviam um e-mail para que o usuário cadastre outra senha de dupla verificação.

Fique atento ao novo golpe no WhatsApp para não ser uma vítima (Foto: Reprodução)

Ao clicar no link, entretanto, a vítima desabilita a proteção para criar uma nova senha, e é aí que o golpista consegue burlar o sistema e roubar o WhatsApp. Segundo a Kaspersky, o que surpreendeu os pesquisadores da companhia foi o fato de que o e-mail utilizado pelos criminosos é, de fato, autêntico — ou seja, ele é enviado pelo próprio suporte do mensageiro.

O analista sênior da Kaspersky, Fábio Assolini, explica que isso acontece porque o WhatsApp permite o recadastro da senha — como acontece quando perdemos a senha do e-mail, por exemplo. Segundo Assolini, "da mesma forma que podemos solicitar a recuperação de uma senha em uma loja online, podemos pedir a recuperação da dupla autenticação do app de mensagens, caso seja esquecida".

Nesse sentido, o golpe do WhatsApp clonado evoluiu. Agora, com essas novas artimanhas, os criminosos têm utilizado técnicas mais convincentes de engenharia social, o que foi classificado por Fábio Assolini como "um novo nível".

Fonte: Meio Norte
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