Pelo fim do coronavírus, Papa reza diante de crucifixo que 'venceu' a peste negra

O Papa Francisco rezou sozinho, nesta sexta-feira (27/03), diante da praça São Pedro completamente vazia, e deu a benção e a indulgência plenária ao mundo pela pandemia de coronavírus que já matou mais de 20 mil pessoas em todo o mundo.


O ato é inédito na história do Vaticano. 

Imagem: Reprodução/Rede Vida

Na celebração, debaixo de chuva e com temperatura em torno dos 13ºC, o papa concedeu a benção "Urbi et Orbi" (à cidade e ao mundo), que só é transmitida em 25 de dezembro e no domingo de Páscoa, quando a igreja católica lembra o nascimento e a morte de Jesus.

Em sua oração, o pontífice criticou a avidez pelo lucro e a falta de amor ao próximo, em um mundo de guerras e injustiças.

“Avançamos, destemidos, pensando que continuaríamos sempre saudáveis num mundo doente. Agora nós, sentindo-nos em mar agitado, imploramos-Te: 'Acorda, Senhor!'”, rezou.
Imagem: Reprodução/Rede Vida

Crucifixo Milagroso

Francisco rezou diante da imagem do Cristo Milagroso, que foi retirada de seu altar na igreja romana de São Marcelo e transportada à Praça de São Pedro para que pudesse estar presente durante a benção.

A imagem é venerada desde 1519, quando a Igreja de São Marcelo Al Corso foi destruída por um incêndio, restando apenas um crucifixo.

Três anos depois, Roma foi devastada pela “peste negra”. Desesperados, os fiéis pediram que o Cristo Milagroso fosse levado em procissão do Convento dos Servos de Maria, na Via del Corso, até a Praça de São Pedro, parando em todos os bairros romanos.

Após 16 dias de procissão, o crucifixo foi devolvido à São Marcelo, e a peste desapareceu completamente.

Desde então, a cada 50 anos o Cristo Milagroso é levado para São Pedro para a procissão.
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