Saiba mais sobre o crime ambiental cometido em Barras

Comprometido com a verdade, o jornalismo do portal Barras É Notícia realizou inúmeras pesquisas e consultou professores que dominam com propriedade o tema meio ambiente à respeito da ação da gestão Capote as margens do Marataoan. Leia abaixo o que apuramos: 


A limpeza das margens do Rio Marataoan é uma ação necessária, mas, deve ser feita da forma correta e no período apropriado. Neste momento que estamos iniciando o período chuvoso, deve ser feita a retirada de lixo das margens do rio, "nunca a raspagem da vegetação com maquinário" como o que foi feito pela atual gestão. Isso porque com a retirada da cobertura vegetal e com a chegada das chuvas, acontecerá um processo intenso de assoreamento, ou seja, toda areia solta vai direto para o leito do rio. Isso feito periodicamente, a cada ano, o rio vai ficando mais raso e estreito o que no futuro pode ocasionar o aparecimento de ilhas de areia ou até mesmo corredores de areia no leito do rio.

A  prainha é uma região do rio Marataoan que a própria natureza, vem ao longo do tempo, de forma lenta e gradual, tentando restaurar sua paisagem inicial. Se percebermos, onde era uma ilha de areia em que os jovens da década de noventa se divertiam, hoje está se formando uma ilha com vegetação rasteira e pequenos arbustos. Esse processo já está com 30 anos e precisará de muito mais tempo até que tenhamos uma bela ilha semelhante a nossa Ilha dos Amores. 

No período sem chuvas, o que deve ser feito é a retirada da vegetação que cresce na lâmina da água do rio. Na região da Avenida Beira Rio, se observa que a partir do mês de agosto, quase metade da lâmina da água fica coberta por vegetação. Isso ocorre devido a grande quantidade de matéria orgânica presente no esgoto, não tratado, que é liberado naquele setor. Essa vegetação que cresce dentro do rio é prejudicial, pois diminui a quantidade de luz disponível para o fito plâncton que é responsável pela disponibilidade de oxigênio para os peixes. Por isso, merece ser retirada a cada ano. 

Assim, as ações necessárias para uma verdadeira revitalização da paisagem natural da prainha seria a retirada do lixo das margens do rio antes do período chuvoso (nunca a raspagem da cobertura vegetal), a retira da vegetação da lâmina da água do rio, no período sem chuvas e o plantio de plantas nativas como oiti, araçá, carnaúba, muta, maria preta, maçã do mato, tamarindo, etc. Diante de tais informações apuradas constatamos que tal ação da prefeitura de Barras às margens do Marataoan trata-se realmente de crime ambiental. 
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