Agosto: Por que o oitavo mês é considerado o mês do desgosto?

O oitavo mês do ano estar associado a pesar, tristeza, dissabor, sofrimento, tem um profundo enraizamento na alma popular. Talvez a crendice tenha origem em Portugal, onde as mulheres nunca se casavam no mês de agosto. Justamente no mês de agosto, os navios das expedições zarpavam à procura de novas terras. Casar em agosto significava ficar só, sem lua-de-mel e ainda correr o risco de sofrer uma viuvez precoce.


Nem Vinicius de Moraes fugiu ao presságio negativo do mês de agosto que, no Zodíaco, é comandado por Leão. Nos versos do Poeta
”a mulher de Leão
brilha na escuridão.
 A mulher de Leão, mesmo sem fome, pega, mata e come.
 A mulher de Leão não tem perdão.
As mulheres de Leão
leoas são. 
Poeta, operário, capitão.
Cuidado com a mulher de Leão!”

Também outra justificativa para essa crença de agosto azarado é o fato de muitos episódios tristes, no mundo e no Brasil, terem acontecido no mês de agosto. Senão vejamos:

Em 24 de agosto de 1572, por ordem de Catarina de Médici, ocorreu o massacre dos huguenotes.

Na cidade de Nova York, no dia 6 de agosto de 1890, o primeiro homem foi eletrocutado numa cadeira elétrica. Esta primeira execução traduz uma mensagem de iniquidade. O Estado, arvorando-se em defensor da sociedade, supor ser legítimo tirar a vida de alguém.

Entre os dias 6 e 9 de agosto de 1945, as cidades japonesas de Hiroshima e Nagazaki foram destruídas pela bomba atômica, nisto que foi certamente o maior genocídio da História.

No Brasil, dois presidentes da República, muito amados pelo povo, morreram tragicamente no mês de agosto.

Em 24 de agosto de 1954 Getúlio Vargas praticou suicídio, “saindo da vida para entrar na História”.

Em 22 de agosto de 1976, Juscelino Kubitscheck faleceu, vítima de um desastre automobilístico.

Agosto parece ser mesmo mês do desgosto, mas não no Estado do Espírito Santo. Em nosso calendário cívico tem sido assinalado por celebrações festivas, como ocorreu neste ano.

Entre os dias quinze e dezessete realizou-se em Vitória a Quinta Conferência Internacional de Direitos Humanos, que trouxe ao Espírito Santo figuras exponenciais do mundo jurídico.

No dia dezessete de agosto foi comemorado o cinquentenário de fundação da Academia Cachoeirense de Letras.

No dia vinte e quatro de agosto mais uma vez ocorreu a entrega do Prêmio Dom Luís Gonzaga Fernandes.



Fonte: JUSBRASIL
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